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sábado, 26 de setembro de 2009

A Chata

Em discussão sobre o que é chato e o que é legal sempre sobressai aquela visão idealizada de coisas boas, felicidade, amigos companheiros, família unida. Tenho a impressão que as pessoas esquecem, ou pelo menos querem esquecer, o que é o mundo real e suas mazelas. Não é uma questão de ser rancoroso ou pessimista, mas a maioria entra numa fantasia e acaba acreditando nela. Quando uma pessoa se mostra de uma forma nua com decepções e medos, acaba sendo um pouco excluída.

Quem se mostra sempre feliz é, na verdade, um solitário. Uma pessoa que não pode contar com outra num momento difícil porque tem que aparentar estar acima de dificuldades. E no outro lado da moeda acontece algo semelhante: quem é amigo daquele cara “legal” não quer ter que exercer a função de amigo mesmo (aquele que conversa, segura a onda, ajuda).
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Com tantas pessoas que vieram e que foram na minha vida aprendi a levar muito a sério a palavra amizade. Meus amigos vão muito mais além do que essa fantasia que a gente veste para parecer uma pessoa melhor e ser aceita no meio dos outros. A gente se mostra como é, com todos os defeitos e falhas; nem sempre aceitando tudo do outro, mas convivendo com nossas diferenças e tentando viver da melhor forma o “apesar de...”.
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Com o passar dos anos aprendi a ser extremamente pragmática, não sei ainda se isso é bom ou ruim, mas com certeza me poupa de discussões que não vão me levar a nada. Detesto bater boca, na maioria das vezes ligo o mute e ignoro um comentário idiota e sem graça, tem certas pessoas com quem não vale a pena perder tempo tentando explicar alguma coisa. Mas por outro lado, tem pessoas que merecem ouvir. Antes eu achava a grosseria inconcebível, mas tem gente que pede pra ouvir algumas coisas.
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E a minha vida segue assim: sem esperar grandes coisas das pessoas e ignorando a maioria delas. Com isso recebi a alcunha de anti-social. Quer saber: sou mesmo! Não gosto nenhum pouco da sensação de estar entre pessoas com quem não tenho intimidade e, muito menos assunto. Não gosto de estar num bar e aparecer uma pessoa que senta logo na mesa sem perguntar se está interrompendo. Não gosto de celular, normalmente não atendo ligação de número desconhecido (no. privado então...) e não atendo se estiver fazendo qualquer coisa que eu julgue importante; adoro bater papo e ficar horas falando besteira, mas prefiro fazer isso ao vivo e, de preferência, bebendo alguma coisa alcoólica.
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Não gosto de conversar absolutamente nada logo cedo da manhã. Acordo em média 5:40 (variando entre meia hora mais cedo ou mais tarde, dependendo do dia da semana), e fico num período de meditação (ouvindo o clássicos do rock da Oi FM) até umas 7h que é a hora que eu chego nas escolas. A minha mãe tinha uma mania besta de ficar no meu quarto falando sobre um monte de coisas (que não me interessam) enquanto eu me arrumava pra sair. Felizmente, agora ela anda dormindo mais. Em um determinado dia da semana eu me encontro com uma professora no trajeto para a escola e eu faço o possível pra sair mais cedo porque não su-por-to mais ouvir as histórias das peripécias da filha adolescente dela.
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Ainda assim eu fico chocada com a facilidade que eu tenho pra atrair gente estranha. Pessoas em filas e em bares são os clássicos. É muita ironia pra uma pessoa só! Ai cara, isso rende tanta história ainda, é cada uma que me aparece (e me acontece)... Quem
sabe eu ainda conto...

domingo, 13 de setembro de 2009

Uma cerveja, um feijão, um café...

Tive um dia tão bom hoje que me deu vontade de escrever aqui. Foi um dia sem extravagância, sem farra, mas foi bom. Quando eu penso em me divertir penso numa farra, um lugar com vários amigos e bebida. Dessa vez foi diferente, um dia comum com coisas comuns, mas companhias preciosas que trazem a alegria só de estar junto com elas.
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Adiantei um monte de trabalho que eu tenho que fazer essa semana e, à tarde, me encontrei com Erika pra falar as novidades e os projetos da vida. Ah, e relembrando os velhos tempos de 1 cerveja, 1 feijão-verde e um bom papo. Logo depois encontrei com Dayane e Elvira no Café e mais conversa animada, novidades e projetos.
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Me sinto bem em poder ouvir as minhas amigas e torcer por elas. Adorei voltar a alguns hábitos que, pela correria do cotidiano, a gente sempre deixa pra depois. Como ir num bar e pedir a cerveja e o feijão-verde ou ir no Café e sempre experimentar um novo
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Agora pretendo aproveitar melhor meu final de semana para não retornar à jornada morta, minha semana já é cansativa demais. Tenho certeza que hoje vou dormir bem melhor e amanhã vou acordar mais disposta.