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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Essa vida Ueceana



Pois é, a minha agitadíssima vida Ueceana está chegando em seus últimos momentos... Pelo menos, enquanto graduação!Muitas histórias cômicas, trágicas; muitos amores bem-resolvidos, mal-resolvidos e que nunca vão se resolver; muita farra, bebedeira; discussões ferrenhas acerca de porra nenhuma; encontros, brigas homéricas; grupos de estudo; congressos (ahhhhhh!!!!); principalmente, muitas pessoas legais.

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Uns 90% das pessoas mais legais que eu conheci foram lá dentro. Pessoas absolutamente diferentes de tudo o que se vê por aí. Gente que ninguém dá nada, mas com uma sensibilidade transcendente. Gente que tem alguma coisa a dizer. Porém, lamento muito em ver que essa galera que tá entrando agora não saiba acompanhar o movimento que a gente fez. O pessoal não tem mais ideologia, um bando de moleque brincando de intelectual...

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Aquele CH da UECE e o lugar mais marcante da minha vida! Nestes últimos momentos eu tenho lembrado demais tudo o que vivi lá. Aproveitei quando estava de férias das escolas e fui alguns dias pra lá pela manhã: saudade demais que do tempo que eu so trabalhava 2 dias na semana e passava dias inteiros no por lá; almoçava no R.U. (apenas 80 centavos) e depois ia dormir um pedaço debaixo da árvore, normalmente quem estava comigo era a Dayane; de tarde a gente ia pro bar conversar a respeito do último livro do Habermas ou do futuro das instituições de ensino (era o nosso tema favorito) ou então de sexo (reza a lenda que os estudantes de filosofia são os melhores amantes! Antes de mais nada, prefiro me abster de qualquer resposta!). Quando tava começando a anoitecer a gente dava uma lavada no rosto no vestiário e ia assistir as aulas da noite. Depois das aulas a gente ainda saía pra comer sushi umas 2 vezes por semana!

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Dayane, Elvira e eu formávamos o trio mais conhecido que farinha. E só nós 3 mesmo pra inventar de fazer festa de formatura! Muita coisa pra lembrar, muita coisa impublicável. É impossível alguém me ver e não perguntar pelas meninas, ou vice-versa.

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Tava lendo no blog de um amigo que ele, só agora depois dos 30, tinha descoberto que é um cara feliz. Eu posso dizer que eu também sou! E isso se deve muito ao que aprendi e a quem conheci nos corredores do CH da UECE. Foi com o que aprendi lá que me tornei a profissional que eu sou hoje e procuro educar os meus alunos com os mesmos ideais que eu tenho e isso me faz uma pessoa reconhecida dentro do meu meio. Fiz amigos incríveis com quem eu troquei muitas experiências, ensinei e aprendi. E foi lá que eu me apaixonei por esse negócio extremamente complicado que é a Filosofia.

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Enfim, todos estes anos que eu passei lá dentro que ajudaram a formar a pessoa que eu sou hoje. Vai ficar muita saudade!!!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Cada cabeça é um mundo

Quem me conhece sabe o quanto eu fiquei mal por ter perdido o meu celular. Foi-se a minha agenda com os contatos de centenas de pessoas legais. Vou recuperar o mesmo número, mas até lá o pessoal que me liga pra eu resolver os 1001 abacaxis ficarão na mão! E o mais triste de tudo é que as derradeiras fotos da Lulu bem bebezinha também se foram. As fotos que a Aline tinha da Luiza, ela passou pra um cd que se perdeu misteriosamente e só tinham ficado as fotos que a gente tinha tirado no celular...
Nessas horas que a gente vê como as pessoas são diferentes. Logo que perdi o meu celular, liguei pra um conhecido pra saber se ele poderia perguntar se alguém tinha guardado. O cara não deu a menor importância e ainda gerou o maior mal entendido.
Ontem foi a vez de a Aline perder a carteira dela. Diga-se de passagem que a carteira tava cheia de dinheiro porque ela ia fazer uns pagamentos. A pessoa que encontrou a carteira viu que dentro dela havia uns números de telefones e saiu lgando pra ver quem conhecia a Aline, até que ligaram pra Nataly e ela veio aqui em casa pra avisar que tinham achado a carteira dela. Imediatamente a Aline foi na moça que tinha guardado a carteira, in-tac-ta. Nem um centavo fora do lugar!
Cara, eu fiquei tão feliz de saber que ainda existe gente honesta no mundo. Hoje a gente vê tantas pessoas que não se importam com ninguém, não hesitam em agir com inescrupulosidade pra se dar bem. Eu tiro o meu chapéu pra essa pessoa, porque agir com consciência é uma caminhada quase solitária em que a gente bambeia muitas vezes e só quem tem valores, dignidade consegue ir em frente.
Tenho o privilégio de conhecer algumas pessoas que são tão dignas quanto. E não se tem muito o que fazer, são em pequenas atitudes que a gente mede o valor das pessoas. Que bom que eu também possa contar com pessoas tão valiosas!