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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval de Fortaleza

Quero abrir um grande parêntese aqui: não boto 6 anos pro Carnaval de Fortaleza virar referência no Brasil. É sério! A Luiziane conseguiu movimentar essa cidade de um jeito que daqui a algum tempo ninguém vai mais precisar ir pra Olinda, por exemplo, pra ter um Carnaval alternativo.
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A nossa cidade já virou um dos melhores lugares para Réveillon do Brasil. Passei um Réveillon na P.I. e posso dizer que é lindo, ainda tem a tarifa social para que as classes mais baixas possam aproveitar, já que o imposto é pago por todos. Mas o assunto é Carnaval e nesse quesito a prefeitura deu um show esse ano! Mais de 40 blocos registrados de Pré-Carnaval com estrutura de banheiro químico, guarda municipal, barracas de drinks cadastradas. Não cheguei a ir ver o desfile do Maracatu, mas passei pela Domingos Olímpio e fiquei satisfeita com a estrutura (de ferro) montada, já que circulava a piada que não era pra ninguém ir pra lá porque no ano passado uma arquibancada caiu.
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Agora o Carnaval da P.I., em si, foi um show à parte! Atrações alternativas bacanas: Beth Carvalho, Jair Rodrigues, Dominguinhos, Chico Pessoa, Chico César, Dorgival Dantas, revezando-se pelos quatro dias num palco enorme, bem posicionado (não era no aterro), com um som bacana (que tem que ter mesmo, porque venta muito), muitos policiais e a guarda dando uma sensação de segurança. Fiquei muito feliz de ver isso dentro de Fortaleza no Carnaval!

Não sou fã de nenhuma banda que estava programada, exceto o Dorgival (piada interna!), mas posso dizer que eu adorei a escolha deles! Carnaval tradicional no nordeste é maracatu, baião, pé-de-serra. E um pouco de samba não faz mal à ninguém! Tiro o meu chapéu pra apresentação da Beth Carvalho que animou todo mundo, a batida do tamborim e o cavaquinho não deixavam ninguém parado. Éramos uma turma enorme: a família da Dayane (pais, irmã e prima); Elvira, Paulo Neto e nosso novo amigo, o Ricardo; Evaniele e o irmão; Mary e Tahim; Wagner e Michele; Luís e Day; Mano, Erika e eu. Ao final estava todo mundo se questionando o quanto tinha sido legal, o quanto estava cheio, o quanto essa opção de Carnaval em Fortaleza era válida. E soube que os outros dias de apresentações foram muito bons. Pena que teve uma chuva torrencial no domingo, falaram que quem ficou não se arrependeu, Dominguinhos cantou até o fim respeitando quem estava lá!

Tirando isso tudo ainda tinha a Dona Mocinha com o mais tradicional samba de mesa: Paulinho da Viola, Chico, Nara. A Dona Mocinha é um bloco de Pré-Carnaval da P.I. que durante o Carnaval fez a festa todo finzinho de tarde. A Érika elogiou muito: disse que o ambiente estava perfeito, samba de qualidade e galera animada.

Aquilo sim é um Carnaval saudável: muita criança brincando fantasiada pela areia da praia, muita família, muita tranqüilidade. Tinha uma gringada também, mas pelo menos eu não vi muito de turismo sexual. Assim, ratifico a minha posição de que Fortaleza vai ser uma das melhores opções de Carnaval alternativo. Desmistificando esse negócio de que aqui tem de se escutar o pornoforró porque é só isso o que temos; ou então pra fazer um bom carnaval tem que ter uma banda da Bahia. Isso já era! Só tenho a dizer coisas boas do que eu vi e orgulho em repassar o que me falaram. To extremamente satisfeita!

Meu Carnaval 2009

E voltando ao convívio com a minha galera só posso dizer que: esse Carnaval 2009 foi uma surpresa muito boa. Foi um dos melhores, senão o melhor que passei! Foi uma série de fatores que contribuiu para que tudo se encaixasse. E o melhor fator foi ter todos os meus amigos na cidade.
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Estive conversando com o pessoalpelo motivo porque ninguém viajou, chegamos a uma conclusão que o primeiro quesito que tem que ter daqui pra frente nos nossos Carnavais é o conforto! Adoro estar reunida com um monte de gente fazendo folia, mas tudo tem um limite: não é legal ser acordada 7h da manhã ao som de Calipso (aliás, não é legal se acordada ao som de Calipso em circunstância nenhuma). Também não é legal dividir um casa com um zilhão de pessoas que você nem conhece bem todas elas porque sempre tem um folgado (na melhor das hipóteses) que só pensa nele e foda-se o resto que está na casa. Chegar cansado e não ter lugar pra dormir, não ter água pra tomar um banho. Com muita sorte você ainda consegue que ninguém pegue “emprestado” seu perfume, shampoo, sabonete, protetor solar... E olhe que eu não estou exagerando, é o que realmente acontece.
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Esse ano foi quase perfeito! Embora não tivéssemos viajado, a casa do Luís foi a concentração do nosso Carnaval. Conseguimos dividir as tarefas entre a gente e posso dizer que nos divertimos muito! Passamos o sábado na praia e à noite fomos pro show da Beth Carvalho. MA-RA-VI-LHO-SO!! Descansamos bem no domingo e, à noite teve risca-faca na casa do Luís: brincamos, rimos, pulamos a noite in-tei-ra (pelo menos eu, Day e Elvira estávamos firmes e fortes! As heroínas da resistência!). Passamos a segunda nos recuperando da noite de domingo e preparei uma lasanha maraviwonderful com a Day pra recarregar as baterias. Terça mais um risca-faca básico com direito à vídeo-conferência e, mais uma vez, as heroínas da resistência até o dia amanhecer!
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Não tenho do que reclamar, foi bom demais! Só gente bacana, só conversas agradáveis, só a alta gastronomia (nossa turma só tem cheff, nota máxima para: arroz de siri da Dayane; bisteca de porco no forno do Wagner e Luís; a lasanha minha e da Day). Só música de qualidade, sem falar que passamos um carnaval sem ouvir Chiclete com Banana, axé, pornoforró e funk! Me acostumei, só quero isso daqui pra frente!
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Bom, passado o Carnaval, não posso deixar de falar num dos eventos mais importantes da nossa turma que vem logo em seguida: meu aniversário. Esse ano, novamente, meu aniversário vai cair no meio de um feriadão (pelo menos não é a Semana Santa): dia 19 (quinta) é dia de São José e algumas escolas irão imprensar o dia 20 (o que, pra quem é professor, é uma maravilha!) e meu aniversário vai cair no sábado, 21.
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O plano no. 1 é de a galera ir pro Paracuru e ficarmos o feriadão por lá, só que depende de o Luís conseguir a casa, ver quem pode ir (porque eu sei que não vai dar pra todos os meus amigos estarem lá). O plano 2 é ir pro Morro Branco, mas implica nas mesmas coisas: tem que ver se a Day consegue a casa e ver quem vai poder ir. Bom, na pior das hipóteses, vai rolar mais um tradicional risca-faca na casa do Luís!
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Já começamos a pensar no tema! Cara, sempre quis fazer a “Morena Tropicana”, e acho que se a gente realmente viajar, tem tudo a ver! Batidas de frutas diferentes; cardápio regional; som de Geraldão Azevedo, Zé Ramalho, Alceu Valença, Elba Ramalho e um bom pé-de-serra; sainha ou vestidinho com chinelo de couro e uma flor no cabelo. Pronto! Um amigo sugeriu o tema Paraíso: a roupa seria uma palha de coqueiro... Mas está fora de cogitação! Todo ano é assim: no começo de março ta todo mundo empolgadíssimo planejando tudo e na hora H dá um desarranjo... Espero que este ano dê tudo certo!!!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lembranças da sala de aula

Só alguns meses longe da Universidade e já boto tudo o que eu aprendi a perder... Bom, na verdade nem tudo! Uma das minhas máximas é que o mundo é a Representação da minha Vontade e, ultimamente, não estava me sentindo tão bem quanto à minha Representação. Pensando um pouco sobre isso, acho que o que anda errado é a interpretação que eu tenho tido sobre a minha Vontade.
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Este ano eu queria fazer diferente, já que ano passado eu andei tão imprudente, diria até irresponsável. Quiz fazer deste um ano mais tranquilo, minimizando os dissabores e potencializando alguns (e menos frequentes) momentos de alegria. Enfim, agora desconsidero (em parte) o que eu pensei pra 2009.
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A grande questão é que ano passado e saí demais e vi que algumas dessas saídas eram fúteis, que eu poderia muito bem me divertir de outras formas sem prejudicar o meu sono pra trabalhar no dia seguinte, sem beber demais, sem gastar demais. Eu queria poder regrar os momento em que eu pudesse me divertir: sair com os amigos, ficar em casa e ir pra uma noitada vez ou outra. Mas esse é o tipo de coisa que não se regra. Racionalmente pensei em épocas em que eu poderia sair e o restante do tempo ficaria em casa, e foi um fiasco. Depositei altas expectativas baseadas no que foi foi bom do ano passado: reveillon; pré-carnaval; carnaval. O reveillon desse ano foi ótimo, mas nada que se compare ao do ano passado; fui pra 1 único pré-carnaval e não fui nenhuma vez pro meu bloco preferido, o Concentra; esse carnaval eu vou ficar em casa. No final das contas eu tanto reclamei que o ano passado foi ruim influenciada apenas nas confusões que houve que, analisando bem, até agora este ano não teve nada de extraordinário (muito pelo contrário). E mais uma vez esquecendo que esse negócio de racionalidade não tá com nada!
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Acho que o que eu tenho que fazer não é ficar em casa e fingir que eu tô amando isso e que é isso o que eu quero. A minha Vontade está onde eu me liberto, onde eu converso, onde eu admiro, onde eu sorrio, onde eu danço, onde eu canto, onde eu grito, onde eu penso. Isso não ocorre necessariamente numa balada, mas também não é necessariamente em casa. É quando eu levo a minha sobrinha na Joice pra ela brincar com a Laís; quando a gente se juntava na casa de um amigo pra conversar; quando eu ia nos fins de tarde tomar 2 cervejas e 1 feijão com a Érika pra colocar o assunto em dia; quando eu lá pro bar da filosofia falar sobre... filosofia; quando assistia um filme ou escutava um cd com a Dayane; quando lia um livro ou uma poesia na biblioteca ou assistia um filme no cinema; quando acontece as loucuras mais inimagináveis na companhia da Elvira; e, porque não, nas vezes em que saio pela noite com o pessoal.
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Com todos estes Desejos, o mundo seria a minha Vontade e Representação!
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Termino o post de hoje com uma música cujo título é Amanda do Taiguara que a Erika me indicou. Gostei da música, mas me identifico mais com a pessoa que canta pra Amanda do que ela propriamente.
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Amanda, vencido em meu castigo
Eu trago a paz comigo, de volta pra ficar...
Amanda, recolhe meus pedaços
Me acolhe nos teus braços
Tome o espaço desta dor no teu lugar....
Amanda, perdi pela viagem,as forças a coragem,
A imagem do que eu sou,
E o que eu sou, o que escondeu a última verdade o que perdeu a única metade,
Amanda, o que partiu e desertou...
Te amando, vou esquecer a inútil liberdade
Que eu sonhei ter nas luzes da cidade,
Amanda...Vou te enfeitar de tanto amor....

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Carnaval 2009

Os dias estão bem mais tranqüilos. A minha maior ocupação das últimas semanas foi o término de umas apostilas e uns planos de aula. Mais alguns fins de tarde com a minha sobrinha e nada além disso.
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Não sei quanto tempo vai durar essa minha fase “zen”. Eu estou até gostando desse tempo, mas sei que isso também não durar muito. Não é que eu esteja sentindo falta de sair, das festas, etc; mas sinto falta de estar com o pessoal. Não vi a Erika um dia sequer esse ano pra conversar. Encontrei com a Elvira apenas no dia que ela chegou porque fui buscá-la com o pessoal no aeroporto, e olhe que isso já tem 2 semanas. Antes de começar o ano letivo, eu ainda conseguia ver a Dayane: vez ou outra eu passava uma tarde com ela no Luis pra assistir um filme e conversar, mas agora com o início das aulas não tenho falado com ela nem por telefone...
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Embora não tenha certeza de quando essa fase vai passar devido à saudade que eu tô do meu povo, acho que ainda tenho umas semanas pela frente, quero esperar, pelo menos até o Carnaval passar. Eu acho que eu só posso estar muito velha, mas muito velha mesmo, porque não tem nada que me irrite mais nesses últimos dias do que aquele pessoal que chega: “Vai passar o Carnaval aonde?”. Eu estou pensando seriamente na possibilidade de ficar em casa esse ano; só desisto dessa idéia se a minha turma estiver realmente muito animada.
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Acho que já passei daquela fase de esperar ansiosamente e fazer com que os 4 dias do carnaval fossem os últimos da minha vida. Não dormir, beber muito, horas e horas queimando a pele no sol. Eu não sou fã de forró, muito menos axé music (agora ainda tem o forró-eletrico que é a mistura do forró em ritmo de axé); passei a detestar aglomerações de pessoas porque sempre tem os mal educados e os idiotas que não sabem brincar sem interferir na sua brincadeira. Sem falar na questão da convivência que é foda. É muito comum ficar numa casa com, no mínimo, 25 pessoas que vão brigar por um lugar pra dormir e pra usar o banheiro (que normalmente está imundo!); que reclamam quando querem comida e não se preocupam com o outro que ainda não comeu. E pior, se você depender da carona de outra pessoa você tem que estar à disposição do horário dela: ou volta cedo, na hora que ta todo mundo se divertindo; ou só quer voltar de manhã e ninguém agüenta mais. Sem falar que o pessoal sempre se excede, e cuidar de bêbado é um saco! E olhe que eu sou uma pessoa extremamente tolerante em grupo.
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Por isso que eu digo que pra mim, hoje, o Carnaval só vale à pena se for com uma boa turma e ela esteja bem animada. Pra algumas (muitas) pessoas pouco importa isso tudo o que eu escrevi acima, Carnaval é curtição e excesso e quem não gosta que fique em casa! Mas, agora, eu não vejo sentido nisso se eu não estiver com os meus amigos. Primeiramente porque eu confio neles: sei que sempre vai ter uma pessoa que vai passar uma noite sem beber pra poder levar o carro. E porque a gente se diverte muito à nossa maneira: um bate papo na praia ou na piscina pela manhã; ninguém vai extrapolar no volume do som logo cedo do dia; a gente dança, brinca, ri e diverte sem incomodar ninguém. Nós somos civilizados! Por isso que eu amo pré-carnaval: um sambinha, uma marchinha, ninguém pra tacar nada na sua cara, tudo na paz!
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Ano passado fui pra Beberibe e tive um saldo positivo por lá. Mas este ano eu não ficaria nas condições que eu estava. Tinha muita gente na casa! Tenho convite pra passar o Carnaval até na lua esse ano, mas a idéia de ficar em casa ainda está enraizada. Até agora não teve nada que batesse forte no meu coração. Veremos...