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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Voltando ao trabalho


Eu acho que sou igual a menino que não vê a hora de entrar em férias, mas depois não vê a hora de começarem as aulas. Eu adoro “Semana de Integração”: rever o pessoal, conhecer os novos colegas de trabalho, ouvir os meninos dizendo que sentiram minha falta.
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Todo começo de ano, quando recebo a minha relação de horários e confiro tudo para ver se não há choque entre uma escola e outra e fico planejando também meus horários livres para conseguir dar conta de planejamentos, correções, elaboração de provas e atividades. É que eu costumo não fazer nada em fim de semana, prefiro dormir tarde e levantar cedo na semana que deixar alguma coisa pra fazer sábado ou domingo. Eu estava vendo que esse ano a minha carga horária aumentou um bocado.
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Esse não é o ano em que eu peguei mais turmas, mas acredito que seja o ano em que eu tenha mais responsabilidades. Com toda certeza vou ter menos tempo, vou me estressar mais, vou ficar mais cansada, mas quer saber, eu sei que eu dou conta e gosto do que faço.
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O ano de 2009 foi o que tive mais turmas e algumas delas eram em Maracanaú. Duas vezes na semana eu levantava 4:50 para pegar um ônibus para a estação e depois pegar o trem de 5:50 para chegar na escola. Na volta, eu descia na estação da Parangaba e vinha caminhando com a Sil até em casa e não era para economizar o dinheiro do ônibus, era porque a gente gostava de voltar conversando. Eu adorava trabalhar lá. Acho que quanto mais coisa eu faço, mais dou valor àquilo.
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Esse ano não vou precisar levantar de madrugada, não vou ter que fazer grandes caminhadas,eu só vou ter menos tempo. Gosto das 3 escolas em que vou trabalhar e estou ansiosa para desenvolver os projetos desse ano. A minha meta é só dar o mínimo de piti possível: vou trabalhar mais porque eu escolhi assim e se ficar muito sobrecarregada é culpa da minha desorganização.
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Tá, vou dar um desconto a mim mesma e enlouquecer, pelo menos, em final de bimestre...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Surgiu como um clarão, um raio me cortando a escuridão...

Semana passada deu uma chuva forte à noite e, com ela, muitos trovões. Em alguns momentos o meu quarto ficava todo iluminado em questão de 1 segundo e um pouco depois vinha barulho do trovão, primeiro achei que fosse a luz do celular, quando percebi que eram os raios, levantei e fui pra área pra ver.
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Quando eu era criança eu gostava de ver a chuva cair e morria de rir quando alguém ficava com medo de algum raio que caia. Devo ter ficado por mais de uma hora vendo a água molhando as plantas e os raios fazendo clarão no céu. Também fiquei pensando nos meus últimos anos, o quanto eu mudei e o quanto não me reconheço mais. Eu gostava das coisas que eu lia, das coisas que eu ouvia, das coisas que eu fazia, da minha maneira de ser. Eu amava ser eu! Por mais problemas que eu tivesse, eu gostava da maneira como eu encarava as coisas.
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Hoje não gosto tanto de mim. Fiquei chata demais, ranzinza demais, ando sempre com o pé atrás com quase tudo e quase todos. Muitos, muitos medos... Foi embora toda a ingenuidade da “morena do sorriso largo e olho arregalado”... Se antes não tinha vergonha de me apaixonar, parecer boba e dizer o que eu sentia, hoje me sinto ridícula.
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Eu não sou boa de cumprir promessa, então elaborei um projeto para 2011 em que eu voltarei a fazer as coisas que me dão prazer e outras que queria há tempos. Não dá pra voltar no tempo e ser o que eu era antes, naquele tempo eu não tinha nem idéia do quanto minha vida era massa. Não acho o nosso mundo um lugar bom para se viver e a quantidade de gente sacana por aí é grande demais, mas eu posso ser uma pessoa melhor para aqueles que eu considero e posso procurar fazer da minha vida um pouco melhor.
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Se toda vez que chover eu continuar assim, acho que escrevo um livro antes dos 30!
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P.S.: O clip vai de brinde só pelo começo da música, título do post... ou não...
 

domingo, 2 de janeiro de 2011

Retrospectiva 2010

Eu estava esperando acabar o ano e as festas para poder dizer com todas as letras que, para mim, 2010 foi um ano C*! Felizmente estou livre desse ano maldito e garanto que já vai muito tarde!
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Minha primeira atitude do ano foi, finalmente, me libertar de uma escola que eu odiava. Em 2009 ensaiei uma saída, passei 3 meses fora, mas a diretora me chamou mais uma vez e voltei. Em 2010 conclui que realmente não dava para continuar lá e saí, desta vez em definitivo. Também tinha recusado ficar na escola de Maracanaú porque, embora eu amasse ir pra lá, amasse as crianças e amasse as meninas, era muito sacrificante para mim, então ficaria só na matriz daqui de Fortaleza. Eis que, a um dia de começarem as aulas, a diretora me fala que conseguiu uma substituta para mim na filial e na matriz. Nunca tive tanto ódio de uma pessoa quanto tive dessa mulher, eu já trabalhava com ela há 6 anos (desde os 19) e ela fez essa sacanagem comigo. Hoje não tenho mais ódio dela não, converso normalmente como se nada tivesse acontecido.
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Pois é, das 5 escolas que trabalhava em 2009, caí para 2 em 2010. Foi o ano mais liseira da minha vida! No fim de abril eu entrei em mais uma para trabalhar da forma que eu queria trabalhar e dando aula do que eu gosto. A adaptação foi devagar, mas eu sou “macaca velha”. Em julho uma grande amiga recebeu uma ótima oportunidade e minhas segundas e quartas ficaram um pouco mais tristes, em compensação fiquei muito feliz por ela. E também pude constatar que em todo canto tem professor gaiato que quer sair antes do tempo e chegar depois..
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2010 foi o ano do “não teve” ou “não fui”. Acho que não fui pra nenhum dia de pré carnaval, e no carnaval não viajei (foram os 4 dias mais tranqüilos da minha vida, só o Xandi e eu em casa). Não fui a nenhum show grátis esse ano e teve Zeca Baleiro, Seu Jorge, Maria Rita, Fagner. Só assisti a 1 jogo da copa com a galera e foi o que o Brasil perdeu! Não teve Arraiá dos Babies. Não fui pra vitória da Dilma no Benfica. Não fui pro pós Natal. Devo ter passado esse ano todo macumbada e não sabia!!
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Foi o ano em que encontrei pouco com os babies. Quase não teve risca-facas e quase não saimos juntos (pelo menos não comigo). Antigamente a gente brigava e passava tempos sem se falar, depois fazia a maior festa e tudo voltava ao normal. Dessa vez é diferente, não teve briga, apenas a distância e as novas amizades. Acho que as coisas não são mais como antes.
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Das minhas 3 recorrentes promessas de ano novo, nenhuma se concretizou: não arrumei namorado; não emagreci; não passei no mestrado (na verdade nem tentei). Sou ruim de promessa, minha palavra não vale nada!
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Além de tudo isso eu perdi minha sobrinha, que por si só já teria desmoronado o meu ano inteiro. Dia desses estava conversando com um amigo que não é justo que uma criança tão doce tenha partido. Ele falou que a morte não é uma sentença moral. Então qual é o sentido da vida? Quem souber, por favor, me conte. Que saudade daquela risada gostosa...
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Mas acabou! A vida é sem sentido, mas bola pra frente, não perco meu tempo lamentando e tenho horror em me tornar uma pessoa rancorosa. 2011 começou e tenho certeza que esse sim será um bom ano!