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sábado, 30 de janeiro de 2010

À flor da pele

Ando tão à flor da pele
Que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela" me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogoDo juízo final...
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
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Eu nunca estive tão sensível como tenho ficado de uns meses pra cá. Não sei se é TPM, não sei se é porque eu estou precisando (muito) de colo, não sei o que é... Como na música: “ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar”...
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Já chorei ao ver minha sobrinha brincando feliz; chorei com as tristezas das minhas amigas; chorei de saudade; chorei de solidão; chorei de angústia; chorei por não saber o que fazer.
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A minha última foi esta semana quando estava na capacitação de uma escola e depois de ver uma palestra linda e emocionante da minha coordenadora, me debulhei em lágrimas na hora que fui comentar (e ainda fiz todo mundo chorar comigo!). A Rosa Regina é uma das pessoas que eu mais admiro e a fala dela traz muita verdade, não tem como não se emocionar. E por eu estar falando dela, valeu o mico de chorar em público.
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Agora não é porque eu estou nessa fase “sofrendinho” que eu vou inventar problema pra minha cabeça, os anteriores já são suficientes. Melhor nem comentar o que anda rondando nos meus pensamentos...
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Incomoda essa minha fragilidade: eu sempre segurei as pontas dos outros, sempre dei força. Não sei lidar com isso, porque esse meu lado é muito obscuro. A maior parte do meu eu é ser o exagero da autoconfiança, ser pragmática, ser política. Essa é a minha armadura e sem ela eu sou vulnerável demais.
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Onde foi parar a minha armadura?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Casamento do Tilso & Manu



No último sábado foi o casamento do Tilso e da Manu numa barraca da Praia do Futuro. Sem querer parecer babona, foi o melhor casamento que já fui! A cerimônia na praia foi linda, a festa maravilhosa! Tudo extremamente bem servido: não tinha fila na hora do jantar, havia chocolates até o final da festa, repertorio da banda bem animado e garçons extremamente atenciosos (não foi à toa que passei 2 dias de ressaca). Mas tudo isso não faria o menor sentido sem uma companhia agradável, e eu tive ótimas. Posso dizer que tive uma grata surpresa.
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Que os noivos sejam muito felizes e que permaneça essa saudade boa. E que a festa seja, ainda por muito tempo, inesquecível!
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Fica aí a minha foto preferida da galera do mal!
(Raphael, eu, Erikinha, Tilso, Manu, Paulão (na luz), Jessyka, Humberto, Vicente, Naza, Joãozinho)


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Assalto

“A gente coleciona assaltos.” Frase que a Dayane falou na delegacia enquanto esperávamos para registrar um boletim de ocorrência. O pior é que, apesar de ser bizarro, é a pura realidade.
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A primeira vez que sofri um assalto, eu tinha uns 19 anos. Uma prima minha de São Paulo veio morar aqui em casa e, um belo dia, a gente estava sem fazer nada e resolvemos ir à praia. Era um dia da semana e a praia estava quase vazia, quando a gente estava indo até a parada de ônibus pra voltar pra casa, vieram dois caras e levaram as nossas bolsas. Não tinha nada de valor, mas tive que refazer os meus documentos.
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Aí, o tempo passa e você começa a achar que tem superpoderes, nada vai acontecer com você. Se eu fizer um apanhado da minha vida, já dei muito mole, muito mesmo: vinholadas e calouradas loucas em que voltava pra casa sozinha de ônibus; as noites viradas no mei-do-mundo e amanhecer o dia no pior boteco do centro. Coisas que eu tenho muito a agradecer ao meu querido guia espiritual (Alce) por ter mantido a minha integridade física (a integridade moral, nem tanto...) por todos esses anos.
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Aí na segunda feira (18) saí com a Dayane e a Erika para procurar vestidos e acessórios para usar no casamento do Tilso. Um dia comum: andamos por shoppings, Mons. Tabosa, comemos sushi, paramos no Pereira pra tomar cerveja e conversar um pouco.. Já estávamos seguindo cada um para as suas casas e demos uma passadinha para pegar o Mano. Na hora que paramos o carro vieram dois caras, um armado, assaltar a gente. Foi um terror: o cara ficava dizendo que ia atirar o tempo inteiro, foi horrível...
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Sabe o que é pior, é que os caras estavam indo em direção a um taxi que estava parado um pouco mais à frente, mas quando eles passaram por nós, resolveram que ia ser a conosco mesmo... Lugar errado, hora errada. Depois o FDP do taxista, que viu tudo ficou lá... É f# essa minha mania de pensar que as pessoas agiriam como eu agiria, no mínimo, eu ia perguntar se estava tudo bem, se estavam precisando de alguma coisa...
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Parando pra pensar, a gente deu sorte em algumas coisas: O Mano não saiu na calçada enquanto os assaltantes estavam lá, não levaram o carro, o cara não percebeu que eu estava cheia de coisas atrás que a gente tinha acabado de comprar. E as coisas que eles levaram nas bolsas eram coisas que só tinham valor para nós mesmas: meu celular quebrado, um livro, a calça jeans da Dayane, o perfuminho que eu tinha dado pra Erika no natal. Não tínhamos dinheiro... Só a Erika que tem que tirar os documentos novamente e teve que cancelar todos os cartões e cheques.
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Não quero dar uma de coitadinha e dizer: poxa, eu e as minhas amigas batalhamos tanto; nos preocupamos tanto com as minorias e injustiças sociais; a gente consegue um pouquinho a mais com tanto esforço; por que foi acontecer logo com a gente?... Não é que não devia ter acontecido isso comigo, não devia acontecer isso com ninguém! A Erika tem a “bolsa do ladrão” com um monte de besteira, dentro do carro; infelizmente ela estava com a bolsa de uso normal no colo e acabaram levando-a. Parece ridículo você contar com a possibilidade de ser assaltado e ter outra bolsa para eles levarem; e o pior é que é necessário.
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Bom, essa já valeu pelo “susto-do-ano” e pelo “teste-de-paciência-do-ano” (passamos 2h na delegacia pra fazer um B.O.). Que venham coisas melhores para este ano!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

2010 vai ser...

Não sou de fazer muitas projeções, mas tenho certeza que este ano vai ser muito louco, no sentido de que muitas coisas vão mudar radicalmente. Espero que sejam para a melhor, preciso que sejam para a melhor!
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To na expectativa de um novo emprego que, finalmente, vai me render a estabilidade que eu tanto quero. Torcendo muito para que dê certo, principalmente, que eu me dê bem lá.
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No segundo dia do ano, surpreendentemente, uma grande amiga de quem sinto muito falta entrou em contato comigo. Uma surpresa dessas no início do ano só me fez confirmar que este ano poder ser muito bom. Ela fez parte da melhor época da minha vida, apesar de eu ter mudado um pouco de lá pra cá, queria muito que voltasse a ser como antes.
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Já dei início ao projeto “Dar chance às pessoas”. Comecei bem: já promovi um desafeto a colega! Mas quando se trata de dar chance aos paqueras, confesso que ainda está difícil... Dia desses saí e comecei a conversar com um cara. Depois de um tempo de papo, até animado, ele fala: “Não gostei de te conhecer. (silêncio de uns 10 segundos) Eu adorei!”. Desanimei... Alguém me faz o favor de dizer pra ele que só quem pode falar clichê é personagem de novela do Manoel Carlos.
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Mermão, é ano de Copa! Serão vários motivos semanais para encontrar a minha turma querida e fazer risca-facas!! E, como não poderia deixar de ser, a diretoria já está a um passo à frente: já estamos pensando na arte das nossas camisas personalizadas! O Brasil não precisa nem ganhar, a gente comemora do mesmo jeito!
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Por falar em estar juntos dos amigos, quero deixar a minha solidariedade para uma grande amiga que eu amo demais e que enfrentou as piores barras possíveis em 2009 e que, ainda este ano, a fase ruim não passou. Amiga, estou aqui para o que der e vier, não deixa de contar comigo seja para o que for! Tenho certeza que as coisas vão começar a dar certo, já te falei que a tua música é “Dura na queda” do Chico.
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Gente, a Elvira vai casar! Vocês não têm ideia da magnitude desse acontecimento! E ontem foi o chá de panela dela: muuuuuuuuuito massa! Muito bem decorado; comidinhas maravilhosas (destaque para os copinhos de chocolate da Daya); bebidinhas maravilhosas (destaque para a minha batida de abacaxi com hortelã); seu Pantico enchendo o saco de todo mundo (sobretudo o meu); LaBelle e sua chiquérrima taça de Martini com uma cereja dentro; a família Madeirada se passando; a nossa mesa autointitulada “mesa das pessoas legais”. E o melhor de tudo foi quando o pessoal foi embora e ficou só a “organização do evento”, fizemos a brincadeira de vedar a noiva e mandar ela descobrir quais eram os presentes. A gente filmou tudo e fui assistir depois com a Dayane, é de chorar de rir! A Dayane bolou no chão (literalmente) de tanto rir.
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Depois de um aniversário que fui semana passada, nunca mais vou conseguir ouvir Zé Ramalho na vida! As músicas dele são uma viagem por si só, não precisava mais de nada.. Quando eu era criança, eu tentava entender o que diabos era “em meu cérebro, coágulos de sol” (Avôhai); ou então, “Disparo balas de canhão, é inútil pois existe um grão-vizir” (Chão de Giz), aliás, a música inteira é uma viagem, nem Freud explicaaaaaaaa! Aí, um amigo de um amigo estava explicando a letra de “Frevo Mulher” verso por verso lá no aniversário....
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Um ano que começa assim tem tudo pra ser, no mínimo, diferente. E olhe que eu só comentei o que é publicável! Hehe
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Ah! Sei que é muuuito cedo ainda, mas se eu não fizer as coisas com muita antecedência, não rola do jeito que eu quero, então a Amanda’s Party 2010 já está com lista de convidados fechada (só os poucos e bons), o lugar 90% decidido e cardápio decidido também. Falta ver o tema e outras coisinhas... Iniciando a campanha “Me dê um presente legal” eu sugiro a biografia da Clarice LispectorClarice , ” do Benjamin Moser. hehe

sábado, 2 de janeiro de 2010

Enfim 2010

Este fim de ano foi um dos mais caídos dos últimos tempos. O meu ano já foi uma grande porcaria, então a minha primeira decisão de 2010 é estudar muuuuuito: passar num concurso, passar no mestrado, fazer uma pós, sei lá... Mermão, essa vida de trabalhar em 5 escolas, ter 30 turmas (por semana) não é coisa de gente normal não! Quero me qualificar para poder render uma grana legal sem enlouquecer de tanto trabalhar.
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Coroando um ano ruim, nada como festas sem graça. Boa parte dos meus familiares maternos resolveram voltar para o interior este ano, meu irmão não poderia vir pra cá nesse ano e, pra completar, rola um apartheid com os meus familiares paternos. Resultado: casa vazia no Natal e Reveillon. A coitada da minha mãe, que é conhecida por fazer os maiores banquetes com 50 opções de pratos diferentes, passou o dia inteiro cozinhando sem saber se alguém viria pra cá. Vieram alguns familiares, mas nada que lembre os anos anteriores. Passei a virada de Natal dormindo. Por volta de 1h acordei para o Pós-Natal na casa do Luís que também estava em número reduzido, só os poucos e bons...
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Pra completar, houve imprevistos e acabei ficando sem dinheiro no fim de ano, aí não deu pra viajar com o pessoal. Já tem um tempão que eu passo o Reveillon com a galera e não poder ir este ano foi foda. Passei todos estes dias tentando não pensar nisso, mas queria que eles tivessem me ligado pra dizer que estavam sentindo minha falta...
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Mas tinha me prometido que não ia ficar mal por causa disso e foi até engraçado: como não passava a virada de ano em casa há alguns anos, relembrei os rituais aqui de casa, que não mudaram nada... As superstições que minha mãe faz todos os anos e ainda obrigava a gente a fazer também. Lembrei muito das minhas coisas de criança: lembro que quando dava meia noite eu ia lá pra laje da casa ver os fogos; que eu ficava no quarto, acordada a madrugada inteira, para ver o primeiro nascer do sol do ano; que todo dia 1º a família toda ia pra praia no caminhão que um tio trabalhava e foi numa dessas vezes que eu quase morri afogada.
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Como qualquer ser humano, eu também preciso dividir o tempo em anos pra criar a ideia de que há um recomeço e que este ano as desventuras serão menores. Só assim para aturar tudo de novo, com esperança.
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Enquanto o ritmo não entra nos eixos, vou tentando ocupar meu tempo com qualquer coisa... Hoje estava pensando em como seria a comemoração do meu aniversário este ano e já decidi o lugar! Fiz até uma pré-lista de convidados. Este ano promete!