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sábado, 25 de abril de 2009

Que país é esse?

Há um tempo atrás, ouvi falarem que para conhecer um país a gente teria que ver quem o governa. Não levei muito em conta essa afirmação, mas já estou começado a considerá-la.

Pra início de conversa não vou falar do Brasil, muito menos do Lula, cada um que fique com as suas conclusões, o cara já está queimado o bastante. Vamos falar primeiro de Hugo Chavez, o Silvio Santos da televisão venezuelana. Ele é muito safo: foi eleito democraticamente com toda aquela proposta de Revolução Bolivariana contra o imperialismo americano e quando assume faz de tudo pra manter a sua própria ditadurazinha particular baseada (ironicamente) nos instrumentos da democracia. E o cara ainda faz questão de ser (ainda mais) sacana com o povo mantendo semanalmente um programa de televisão que ele mesmo apresenta por 10h consecutivas ao vivo. Ainda bem que tem o Caribe ali do lado e o petróleo, senão imagina a desgraça que seria esse país...

O novo presidente da África do Sul é quase um Backstreet Boy: só quer ser garotão, (se acha) galãzão, tem 3 mulheres, uma acusaçãozinha ou outra de corrupção, mas nada que dê pra ser condenado e aí vai. Acho que vi na Folha que estão temendo que o Zuma seja o novo Chavez da África. Olha, só pelo naipe do cara, eu não duvido nada.

Ia falar ainda sobre o marido da modelo-cantora-apresentadora-atriz-primeiradama Carla Bruni que, por coincidência é presidente da França; da queridíssima Cristina Kirchner e seus taileurs; e do ilustríssimo Fidel, que ninguém sabe se ainda vai ou se já foi, que descobriu depois de 40 anos que o “dever primordial não é de me prender a cargos” e resolveu deixar tudo em família passando a bola pro Raul Castro. Enfim, vou pular estes para chegar ao ponto.

Passando para o motivo que me fez escrever isso, vamos finalmente ao mais novo presidente eleito do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo. Atualmente ninguém mais se abala quando escuta que algum membro da Igreja Católica está envolvido com safadeza; inclusive, eu dificilmente dissocio a Igreja Católica de escândalo. O pior é que um sujeito desses vai fazer declaração pública e não treme nem a cara pra dizer que não tocará mais nesse assunto porque quer PRESERVAR A INTEGRIDADE DO FILHO que não tem culpa de nada. E a integridade do povo paraguaio com um cara desses na presidência? Esse cara só pode é ter o pinto de mel porque todo dia aparece uma mulher dizendo que teve um filho com ele. Se o ele já estava, literalmente, fudendo com os preceitos do catolicismo, bem que ele podia ter usado camisinha, um pecado a mais ou a menos não ia fazer diferença..

Enfim, criou-se uma polêmica aqui em casa porque eu postei no meu twitter uma frase que meu irmão disse numa conversa e ele me acusou de plágio. Falei pra ele que a frase ia ser minha mesmo porque ainda que ele não a dissesse, eu pensaria exatamente igual. Quero nem saber!

Ele era bispo ou papa?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Palavras

Sempre gostei muito de escrever, acho que consigo me expressar melhor escrevendo do que falando. Inspirada nuns blogs bacanas de amigos, do meu irmão e de conhecidos, resolvi criar o ‘Sede de Infinito!!’. A minha idéia inicial era a de comentar o que acontecia no mundo e dar minha opinião. Também queria escrever, em uma proporção menor, os posts pessoais. Acabou acontecendo exatamente o contrário!

Me agrada essa questão de escrever coisas sobre o que me acontece hoje e poder repensar sobre aquilo que eu escrevi mais na frente. É o que acontece: embora meu blog seja recente gosto de lembrar as confusões do ano passado e até sinto saudade. E toda essa agitação da minha vida que eu relato acaba me dando a opção de escrever de forma informal e coloquial que eu adoro. Não é que eu não saiba escrever de maneira formal e culta (minhas provas não me deixam mentir), mas a minha maneira de ser combina mais com uma forma despojada de escrever. Não sou, nem nunca fui boca-suja, mas não vejo nada de mais em botar um “porra!” no meio de uma frase, não gosto de frescurinhas. E tudo o que tem aqui é muito a minha cara: feliz ou chateada, agitada ou mais calma gosto de vir até aqui pra escrever qualquer coisa; alguma delas nem posto, fica guardado só pra mim.

Mas essa questão de escrever também sobre o que acontece no mundo ainda esta presente em mim e resolvi aderir ao Twitter! Eu ando bem longe de ser uma pessoa informatizada, sou muito braba em muitos quesitos, então fui perguntar pro meu irmão como se fazia um twitter e como funcionava. Acabei criando uma conta (meu perfil é: amandasoaresm) e achei bem bacana, mas ainda não é o que eu procuro. A gente pode seguir qualquer perfil e qualquer pessoa pode seguir o seu; sua página inicial terá todas as atualizações de quem você adicionou. Você recebe na hora notícias do que a pessoa está fazendo ou do que está acontecendo; pra quem tem celular com acesso à internet pode receber os updates a qualquer momento. Foi relatado que uma das primeiras notícias sobre o terremoto em L’Aquilla foi divulgado via Twitter. Meu irmão, por exemplo, acompanha o ‘The New York Times’, ‘Financial Times’,’BBC’, ‘The Economist’ e recebe algumas notícias primeiro que a ‘Folha de São Paulo’.

Evidentemente, tem vários fakes no Twitter. Tem um que ficou super famoso que é o fake do Vitor Fasano, o cara escreve coisas tipo: “vou pedir um bloody mary no delivery do Rufinus. Ouvi dizer que hoje este fabuloso drinque faz 75 anos. 25 a mais que eu.”. É só besteira, mas o pessoal adora, vou nem mentir que eu também adicionei! O grande problema do Twitter é que só se pode escrever 140 caracteres. É foda! Ainda mais porque eu continuo me recusando a escrever coisas do tipo: xau, hj, Tb, td, vc, pq, bjks...

Não me acostumei com esse negócio de escrever coisas sucintas. Passei um 20 minutos pensando em como escrever em 140 caracteres que eu não tinha ido ao show do Monobloco comemorando o aniversário de Fortaleza e que eu tava triste por não ter ido. Pode até parecer fácil, mas não é! Se tem uma coisa que eu aprendi na Filosofia foi nunca ser clara e enrolar horas pra falar algo!

sábado, 11 de abril de 2009

Teatro Infantil

Uma das tarefas mais difíceis é educar uma criança. Muitas vezes a correria da vida profissional acaba negligenciando e justificando que essa educação fique em segundo plano. Acaba que os professores são os maiores responsáveis por essa árdua missão de incutir valores. Como fazer isso se quando você acaba de dizer uma coisa, a televisão (ou a sociedade) mostra exatamente o contrário? Como pregar a justiça se o que se vê é que se tem de levar vantagem sempre que puder?

O que se vê por aí é desconsolador! Ainda mais quando vemos o que está sendo destinado a essas crianças: muita internet sem o cuidado de saber o conteúdo que elas estão acessando; muito “Playstation” com uma infinidade de jogos de luta. Ninguém (a não ser na escola) ensina aquelas músicas de ciranda, preferem ensinar a dançar o creu porque é legal ver as crianças dançando. (Legal pra quem?) Dificilmente se incentiva a leitura infantil: Monteiro Lobato, Ziraldo, Júlio Verne, quadrinhos. Não conheço hoje nenhuma criança que tenha lido “O Pequeno Príncipe” (Le petit Prince) ou “Meu pé de laranja lima” que eu devo ter lido com 10 e 11 anos e que, mesmo com décadas que foram escrito são muito atuais.

Uma opção que eu acho muito válida e que eu sou apaixonada são as peças infantis. Durante a minha infância eu assisti à algumas na escola e em gincanas encenávamos algumas adaptações de contos infantis. Até hoje eu me lembro de uma fábula do Monteiro Lobato que a gente encenou: O Gato de botas. Bem, aqui em Fortaleza tem um grupo teatral infantil que eu acho perfeito: o Grupo Vemart. Tive o prazer de conhecer o trabalho deles em 2007, pois uma das escolas que eu trabalho é parceira do projeto “A escola vai ao teatro”. O trabalho deles é muito bom: eles fazem adaptações de grandes obras infantis para o estilo de musical. O primeiro que assisti foi “Chapeuzinho Amarelo” (adaptado de Chico Buarque) e depois “Flicts” (adaptação de Ziraldo), foram espetáculos dos mais lúdicos que já vi, é lindo! Todas as vezes eu faço questão de parabenizar os atores. Este ano eles estão encenando “As aventuras de Dom Chicote Mula Manca & Zé Chupança”, uma adaptação de Dom Quixote do Miguel de Cervantes.

Tenho uma sobrinha de 2 anos que eu tenho certeza que iria adorar ir ver, embora ela compreendesse pouca coisa, o universo lúdico e as músicas ficaram registrados, tenho certeza. Só que ela mora com avós paternos dela que sempre têm uma justificativa para que ela não saia de casa, mesmo que seja para ela ir até minha casa (onde a mãe dela mora). Sempre digo que um pouco de boa vontade não faz mal a ninguém e, nesse caso, eu faço um trabalho mental para usar toda a minha diplomacia e deixar passar 99% das coisas que eu escuto. Mas se tratando da avó da minha sobrinha ainda é pouco!

Pois bem, a escola que eu trabalho vai para o teatro na terça-feira e comentei que eu poderia levar a Lulu e que ia ser super legal e seguro (até porque eu estaria lá). Ela falou que eu não poderia levá-la porque ela estaria junto com muitas crianças e ficaria doente... Como disse o meu irmão no comentário do último post: “invejo a burrice porque, esta sim, ao contrário da inteligência, não tem limites!

Sem mais...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nonsense

Será que todo mundo sente que não há mais nada que faça sentido ultimamente? Me faço de durona e digo que nada mais me surpreende, mas de uns tempos pra cá eu venho me chocando tanto.. O episódio de pedofilia que a vítima foi excomungada porque abortou o fruto da agressão me deixou indignada. Porém, tem também uma série de outras coisas corriqueiras que, na boa, dá uma vergonha alheia danada. Às vezes você é obrigado a ver cada uma que a única reação que dá pra esboçar é uma grandiosa cara de bunda e um “Como assim?”.
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Dia desses a Day tava me contando que numa aula da Isabela (que cursa Direito) o professor propôs uma série de seminários para grupos de alunos; no Grupo em que ela ficou uma menina decidiu qual seria o tema e ainda queria fazer uma encenação. Eles escolheram MARXISMO e a tal menina falou: “- É só botar um casal brigando e a mulher vai à delegacia depois.” A Bela pensou e perguntou o que uma coisa tinha a ver com a outra e a menina falou: “-Mulher tu não sabe o que é MACHISMO, não?”. Quando a Dayane me contou isso não acreditei, precisou a Bela me confirmar a história depois.

Eu tenho uns alunos figuraça e, normalmente, eles me mostram uns vídeos e umas músicas pra eu dar risada. Um dia, uma menina estava me mostrando uns toques de celular engraçados e tinha uma música que era: “Que vida boa, que vida boa, sapo caiu na lagoa, que vida boa...” Foi o que eu mais dei risada, até o momento que ela me disse que a música era o sucesso da atualidade (do forró) e ela tinha colocado como toque porque gostava mesmo da música... Tem também uma música bizarra que todo mundo canta e dizem que foi o hit do carnaval de não sei aonde e todo mundo fica pasmo porque eu, felizmente, nunca tive o desprazer de ouvir, só sei de ouvir os outros cantando: “ô menininha cadê seu pai? Não sabo, não sabo.” Ainda bem que inventaram o mp3 porque agora posso armazenar centenas de músicas que eu gosto e não precisar ouvir isso.

Agora televisão bate todos os recordes! Tinha um programa (que o Silvio Santos teve o bom senso de tirar do ar) que passava nos fins de tarde que era um horror, mas eu dava muita risada. Tinha uns 10 apresentadores e eles davam uma de âncoras com umas opiniões malucas. Uma vez tava passando uma reportagem que falava sobre discussões e a necessidade do diálogo; a apresentadora fez um comentariozinho clichê e perguntou para o colega o que ele achava, ele respondeu: “-É sempre bom conversar, mas eu tenho o pavio curto mesmo!”. Juro! Fiquei passada!

E aquela novelinha das 9 é o cúmulo do eu-quero-abordar-todos-os-temas-do-mundo! Tem o núcleo dos indianos que passam o tempo todo fazendo macumba pro papai Smurff ou pro cara de elefante; ou contando dinheiro e olhando as jóias; ou dançando. Tem o núcleo dos esquizofrênicos em todos os seus graus: o bocó, o doido de pedra, a psicopata e o doutor surtado.Tem o núcleo do bairro que só anda no mesmo bar e só vai pra mesma gafieira e tem a vagaba-santinha (que não poderia faltar). Tem playboy; tem pitboy.Tem um colégio que mais parece um presídio com tanto marginal. Agora, há duas coisas que me tiram o sono, não consigo conceber! Tem uma rockeira muito louca que mora com os pais (na mordomia, claro) e que viaja ao som da Pitty. Que droga de rockeira é essa que ouve Pitty? E eu também não entendo por que diabos o Bahuan quer se vingar do outro lá se foi ele que desistiu de fugir com a Jade, ops, a Maya... Sem falar que ele deu o grau na mulher do outro primeiro e o coitado ainda vai criar o filho pensando que e dele. Sério, desisto da Gloria Perez!

Também enchi das besteiras que o Lula fala. Eu até achava engraçado, mas já deu, né?! Ainda bem que segundo o meu informante Xandi, (que acompanha os principais jornais internacionais todos os dias) o pessoal tá cagando pro que ele diz... Lula, na boa, se você tiver a oportunidade de ficar calado, fica cara! Pode ser a chance da sua vida! Eu me tremo toda com o Lula lá no G20 passeando com o Sarkozy, deve sair cada pérola...

Pra terminar fica aí um vídeo de um clipe que eu recebi por e-mail e que, inocentemente, pensei que era zoação de alguém que inventou uma música na putaria e arranjou uma doidinha qualquer pra encenar. O pior é que ela faz o maior sucesso do mundo no Piauí, onde é considerada a Beyoncè brasileira... Me poupe!
P.S.: Bom pessoal, não consegui postar o vídeo porque minha internet anda com problemas existenciais... Mas é só procurar no Youtube: Stefhany Crossfox.
P.S.2: Se não quiser, não precisa procurar, não vale tanto à pena assim...