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sábado, 11 de abril de 2009

Teatro Infantil

Uma das tarefas mais difíceis é educar uma criança. Muitas vezes a correria da vida profissional acaba negligenciando e justificando que essa educação fique em segundo plano. Acaba que os professores são os maiores responsáveis por essa árdua missão de incutir valores. Como fazer isso se quando você acaba de dizer uma coisa, a televisão (ou a sociedade) mostra exatamente o contrário? Como pregar a justiça se o que se vê é que se tem de levar vantagem sempre que puder?

O que se vê por aí é desconsolador! Ainda mais quando vemos o que está sendo destinado a essas crianças: muita internet sem o cuidado de saber o conteúdo que elas estão acessando; muito “Playstation” com uma infinidade de jogos de luta. Ninguém (a não ser na escola) ensina aquelas músicas de ciranda, preferem ensinar a dançar o creu porque é legal ver as crianças dançando. (Legal pra quem?) Dificilmente se incentiva a leitura infantil: Monteiro Lobato, Ziraldo, Júlio Verne, quadrinhos. Não conheço hoje nenhuma criança que tenha lido “O Pequeno Príncipe” (Le petit Prince) ou “Meu pé de laranja lima” que eu devo ter lido com 10 e 11 anos e que, mesmo com décadas que foram escrito são muito atuais.

Uma opção que eu acho muito válida e que eu sou apaixonada são as peças infantis. Durante a minha infância eu assisti à algumas na escola e em gincanas encenávamos algumas adaptações de contos infantis. Até hoje eu me lembro de uma fábula do Monteiro Lobato que a gente encenou: O Gato de botas. Bem, aqui em Fortaleza tem um grupo teatral infantil que eu acho perfeito: o Grupo Vemart. Tive o prazer de conhecer o trabalho deles em 2007, pois uma das escolas que eu trabalho é parceira do projeto “A escola vai ao teatro”. O trabalho deles é muito bom: eles fazem adaptações de grandes obras infantis para o estilo de musical. O primeiro que assisti foi “Chapeuzinho Amarelo” (adaptado de Chico Buarque) e depois “Flicts” (adaptação de Ziraldo), foram espetáculos dos mais lúdicos que já vi, é lindo! Todas as vezes eu faço questão de parabenizar os atores. Este ano eles estão encenando “As aventuras de Dom Chicote Mula Manca & Zé Chupança”, uma adaptação de Dom Quixote do Miguel de Cervantes.

Tenho uma sobrinha de 2 anos que eu tenho certeza que iria adorar ir ver, embora ela compreendesse pouca coisa, o universo lúdico e as músicas ficaram registrados, tenho certeza. Só que ela mora com avós paternos dela que sempre têm uma justificativa para que ela não saia de casa, mesmo que seja para ela ir até minha casa (onde a mãe dela mora). Sempre digo que um pouco de boa vontade não faz mal a ninguém e, nesse caso, eu faço um trabalho mental para usar toda a minha diplomacia e deixar passar 99% das coisas que eu escuto. Mas se tratando da avó da minha sobrinha ainda é pouco!

Pois bem, a escola que eu trabalho vai para o teatro na terça-feira e comentei que eu poderia levar a Lulu e que ia ser super legal e seguro (até porque eu estaria lá). Ela falou que eu não poderia levá-la porque ela estaria junto com muitas crianças e ficaria doente... Como disse o meu irmão no comentário do último post: “invejo a burrice porque, esta sim, ao contrário da inteligência, não tem limites!

Sem mais...

Um comentário:

Daya e Luis disse...

Criança só precisa de criança! Se conviver só com adultos vira um papagaio insuportável tipo Maisa...totalmente irritante e irritada! Criança fala daquele jeitinho de criança com outra criança, é assim a forma mais saudável de desenvolver a linguagem em vez de ser um "rec-repete"(é o novo, nem sei se é assim que escreve). Tô contigo Amanda , e não abro! Mas isso você sabe...rsrsrsrs
Compra a briga amiga!

beijooo
Daya