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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dias difíceis

Ontem vi uma aluna colocar no twitter que estava de luto. Não sei se foi por causa da mídia e toda a sua cobertura ou se pelas minhas aulas de filosofia em que falava sobre intolerância, imaginei que ela estivesse de luto pelo 11 de setembro. Cheguei até a perguntar o porquê do luto, mas não tive resposta.
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Luto, mortes sem sentido, principalmente as de criança, são coisas que mexem muito comigo e eu não tenho estado muito bem de uns tempos pra cá. Dia 20 faz um ano que a Lulu se foi. Por mais que eu tente superar, por mais que eu siga a vida sempre tem uma foto, uma boneca, sempre a enxergo em outras crianças... E o que sinto não é só saudade, é dor. Muita dor.
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Pela manhã trabalhei normalmente e, pela tarde, parti para a outra escola. Sempre gosto de chegar mais cedo por lá para ficar conversando mais tempo com as meninas, logo que cheguei achei estranho o portão de acesso dos alunos já estar aberto por ainda ser cedo. Dei meu boa tarde habitual e uma das meninas me perguntou se eu soube do ocorrido... Uma aluna da escola do 1º ano passou mal após a marcha (que aconteceu no sábado) e veio a falecer ainda no mesmo dia...
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Na hora da notícia me tremi dos pés à cabeça e fui conversar com a professora dela e com as outras meninas. A criança estava com meningite e tinha só 6 anos. Não houve aula na escola e na volta para a minha casa chorei o caminho inteiro, só me acalmei quando cheguei em casa.
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Não tinha contato com ela, mas era uma menina linda, assim como era a minha Luizinha.
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Ontem escrevi uma coisa e torno a repetir: a vida continua, mas tem dias que é insuportável.

5 comentários:

Tilso disse...

Oi Amanda.
Gostaria de compartilhar contigo uma reflexão sobre o que vem sentindo. O Epicteto dizia que "há coisas que estão sob o nosso controle e, portanto, dependem de nós e há outras que não". Assim, é preciso concentrarmos nossa energia naquilo que depende de nós (nossos sentimentos) e não naquilo que não depende (a morte de um ente querido). Você já pensou em procurar um profissional que pudesse ajudar a lidar com o luto?
Há terapeutas que são especializados nisso, ou seja, ajudam as pessoas que passam por situação semelhante a lidarem com a perda e conquistarem o equilíbrio psíquico (lê-se: emocional e sentimental). Gostaria de indicar-lhe esse link que trata sobre esse assunto. De qualquer forma, saiba que estou por aqui. Fique bem. Bjs. http://www.epvpsicologia.com/principal/abordagem_luto_e_perdas.html

Aletheia disse...

não sei o que dizer...só queria te dar um abraço agora...

Amanda disse...

Tilso,
O link é bem bacana e também já penso em fazer terapia sim, acredito que pode me ajudar. Em relação ao que você escreveu sobre Epicteto, acredito que eu compreendo bem que certas coisas não dependem de mim, acho que minha angústia em relação ao luto é tentar, então, encontrar um sentido para a vida. Sou schopenhaueriana demais: "Viver é sofrer".. Além disso, não tenho a crença redentora que os bons e justos serão recompensados numa outra vida.. Mas é sempre muito bom para mim tê-lo presente.

Erika,
Pode acreditar que recebi o seu abraço!

Unknown disse...

Mandoca, dia 24 vai fazer um ano do Nilo. É muito difícil lidarmos com a efemeridade da matéria mas me conforta saber que nossos entes querido estão sempre conosco em nossas mentes e em nossos corações. Fique bem minha amiga sabes que tenho muita estima por ti e que não nos devemos nos abater afinal a vida é uma festa depende só de como a encaramos. Beijos, paz e inté. Te adoro

Amanda disse...

Você também, Tainho, fique bem, a recíproca é verdadeira!