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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Qual é o limite da piada?

Às vezes me preocupo com o meu senso de humor porque temo ficar 100% insuportável, o que provavelmente deverá acontecer. Mas, por enquanto (e dependendo da ocasião e da companhia), o meu humor vai desde aquele bem pastelão ao extremamente irônico, e uma boa dose de humor negro (sem trocadilhos).

Mas eu comecei a me preocupar com essa questão de levar a coisa na piada depois que eu comecei a considerar insuportáveis as tiradas de uma pessoa do meu convívio. Decidi prezar pela boa convivência e exerço a minha maior habilidade que é dar um vai-à-merda mental e ligar o mute. Poderia escrever um livro sobre como fazer isso com perfeição; na boa, é indispensável, eu iria ficar rica.

Mas cara, assim, eu também faço piada sexista, regionalista, preconceituosa, discriminatória. E se eu parar pra pensar, também já ri muito de coisas assim contadas por outras pessoas. Então, o problema não é a piada em si, é a pessoa que conta. Se for contada por aquele cara chato, vai ser de mau gosto sempre.

Também tem o lado egoísta da brincadeira: só é engraçado quando a piada não é com você. Poucas pessoas conseguem levar na esportiva, eu não consigo.

Morri de rir com a ex Feiticeira chorando no programa do João Inácio Jr pra não passar imagem dela dançando de biquíni. Mermão, azar o dela: a mulher vai num programa que há pouco tempo atrás o ápice era quando a tigresa Ellen ia fazer uma performance de dança e dava uma abertura de 180° devidamente em close, ou que na propaganda de uma ótica botava uma menina de quatro com o óculos na bunda pendurado no fio dental!! Queria o que ela? O João foi até muito meigo.

E a comédia toda com esse pessoal que morreu: Herbert Richerds, Celso Pitta, Lombardi. Leila Lopes. Até a pessoa mais politicamente correta deve ter achado uma graça, fala a verdade!

Mas foi falar da minha “pátria amada” Brasil que eu fiquei meio revoltadinha. O homem bicentenário lá que falou que o Brasil tinha comprado a estadia das olimpíadas com strippers e drogas. E olha que eu nem sou patriota e muito menos me importo com as olimpíadas do Rio, muito pelo contrário.

Conclusão: piada engraçada é com os outros e contadas apenas por quem eu gosto.

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