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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Confesso

No carro com a minha cunhada numa tarde qualquer, escuto uma música que há um tempo não escutava. Não lembrava nem o nome da música, mas cheguei em casa com a vontade de escutar de novo. Ando tão viciada em rock que esqueci o poder que uma música lenta, bem cantada e nacional tem de revigorar o seu dia.
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Tinha me apaixonado pelas baterias e seu som forte e pesado. Dessa vez me rendi ao som das cordas e da voz estridente da Ana Carolina e viajei. . . Pensei no meu passado-recente ao qual não quero mais pensar. De tão linda a música, quiz que ela se parecesse comigo. E parece. Talvez eu confesse que, apesar de..., eu quero e não quero. Ou melhor, não quero; mas confesso que quiz. Confuso! Os velhos fantasmas que vêm à tona sempre nas piores horas.
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Mas não se trata de lembrar ou esquecer alguém. Essa música traz à tona algumas peculiaridades minhas que pouquíssimas pessoas conhecem. Há algo que me falta, que eu não sei o que é, e que me faz não querer mais nada, a não ser isso que me falta. Uma coisa tão minha que acho que nem se eu explicasse alguém entenderia. Só a Dayane e a Elvira! É que as nossas cabeças processam as coisas de uma maneira muito diferente da maioria das pessoas.
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Confesso

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final
Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas, mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade, mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais.
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade, mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais.
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Ana Carolina

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